Um estouro em nossos ouvidos, um alerta dinâmico e necessário trouxe, neste período, a necessidade de falar das pessoas, de incluí-las em seus contextos pessoais conectados com a entrega corporativa que o mercado exige. Nos deparamos com a Diversidade e Inclusão de outra forma, mais relevante e mais imponente. Impreterivelmente, cada ser sabe de si e sabe das necessidades básicas para exercer suas atividades. A pauta de D&I nos parece mais urgente nestes tempos onde nos readequamos com o foco no indivíduo. Ter um time diverso não se resume apenas em preencher cotas, espaços e semanas de reflexão comemorativa. Trata-se sobretudo de reconhecer estas trajetórias com respeito e liberdade de expressão. Cabe a cada um de nós exercer a avaliação que está sendo imposta em grupos de trabalho, sobre ter mentes que pensam diferente, com outros vieses e estilos de vida. Não estamos dentro de caixas de fluxogramas. Somos muito plurais para nos limitarmos em limites físicos e comportamentais. Identificar os cenários das mulheres que cuidam de seus filhos, das escolhas afetivas de cada ser, considerando os gêneros com o qual cada um se identifica e que se sente bem, do ir e vir sem julgamentos, na liberdade de ser quem se é, são exemplos clássicos de inclusão, porque no fim do dia o que se torna relevante é ter as ideias e contribuições oriundas destas narrativas na solução dos projetos. Quantas ações de marketing e propaganda foram consideradas inadequadas nos últimos tempos pelo simples fato de não representar os grupos humanos que não se enxergam nestas narrativas? Por que ainda precisamos categorizar as pessoas dentro destes grupos? O que nos afeta, de forma positiva e negativa, são questões individuais e devem ser tratadas com este direcionamento, e isso se expande quando estamos falando de produtos e serviços com objetivos globais. As empresas que considerarem fóruns, consultorias, projetos que tenham como premissa a abrangência destes pensamentos com certeza serão beneficiadas não somente em ter pessoas diversas em suas equipes, mas também em seus indicadores financeiros, na audiência e na expansão de seus produtos e serviços. Estamos em transição. Diretorias de D&I estão sendo criadas para ter a atenção necessária e isso é muito potente. Ganhamos todos e todas e todes nestes avanços porque parece que ficou démodé não olhar pro tema com responsabilidade. Saber lidar com o diferente é engrandecer, é expandir horizontes e sobretudo ter o olhar de uma geração que não tolera mais não ser incluída, até porque estas mesmas mentes estão no fronte de empreender soluções inovadoras e alinhadas com essa premissa. Como podemos começar a entender isso? Escuta, diálogo e convívio são pontos fortes para esse reinício social e mercadológico. É tempo de mudança efetiva no mercado. Não considerar este pensamento é assinar algum contrato de desajuste, de pensamento ultrapassado e vil. O dinheiro circula em todas as mãos. É improdutivo e menos competitivo para as corporações não considerar a Diversidade Humana como ponto forte de qualquer solução. É perda de tempo e de sinergia com o novo.
Leo de Paula
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